Ozonioterapia na Saúde Pública (SUS)

Ozonioterapia na Saúde Pública

A ozonioterapia, uma técnica promissora na área da saúde, utiliza o ozônio, uma molécula derivada do oxigênio, para tratar uma variedade de condições médicas. Neste artigo, veremos o que é a ozonioterapia, como ela funciona e seus benefícios e o caminho da Ozonioterapia na Saúde Pública.

Como a Ozonioterapia Funciona?

O processo começa com a produção de ozônio medicinal a partir de um gerador especial. Esse equipamento submete o oxigênio a uma descarga elétrica de alta voltagem, resultando na formação de ozônio. A mistura gasosa é então administrada ao paciente de diferentes maneiras, incluindo a introdução no sangue e a aplicação em mucosas.

Os Múltiplos Benefícios da Ozonioterapia

O ozônio demonstra notáveis propriedades germicidas, sendo capaz de destruir bactérias, vírus e fungos. Além disso, quando misturado ao sangue, ele otimiza o metabolismo, aumenta a oxigenação nos tecidos e promove a liberação de oxigênio. Isso é possível graças à sua capacidade de aumentar a síntese de uma substância chamada 2,3-difosfoglicerato, o que reduz a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, facilitando sua entrega aos tecidos.

Aplicações Clínicas da Ozonioterapia

A ozonioterapia tem demonstrado eficácia no tratamento de uma ampla gama de condições médicas, incluindo dores articulares, artrite, artrose, colites, doença de Crohn e hérnias de disco. Além disso, possui um potencial notável no controle de infecções hospitalares, sendo uma ferramenta valiosa em tempos de desafios como a pandemia.

A Ozonioterapia e o Sistema de Saúde

Uma das grandes vantagens da ozonioterapia é seu custo acessível quando comparado a outros tratamentos. Enquanto uma sessão de imunobiológico pode custar entre 18 e 20 mil reais, uma sessão de ozonioterapia aplicada no SUS pode ser realizada por menos de 50 reais. Isso representa uma democratização significativa do acesso a esse tratamento inovador.

O Caminho da Ozonioterapia na Saúde Pública

Apesar de seus inegáveis benefícios, a ozonioterapia ainda enfrenta desafios na sua integração ao sistema de saúde. A regulamentação e aprovação desse tratamento requerem um esforço conjunto de profissionais da saúde, pesquisadores e legisladores. É crucial que se promova um diálogo aberto e baseado em evidências científicas para que a ozonioterapia possa alcançar seu pleno potencial.

A Luta pela Ozonioterapia no Brasil

Profissionais comprometidos, como a Dra. Maria Emília Gadelha Serra, fundadora da Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica, têm desempenhado um papel fundamental na promoção e defesa da ozonioterapia no país. Projetos de lei como o 14.648/2023 visam viabilizar a ozonioterapia para profissionais de saúde devidamente treinados, são passos importantes na direção certa.

A Lei lei 14.648/2023 que autoriza a Ozonioterapia

A Lei nº 14.648/2023, sancionada em 4 de agosto, autoriza a aplicação da Ozonioterapia em todo o Brasil como uma terapia complementar. Isso significa que só profissionais de saúde de nível superior registrados em seus respectivos conselhos podem realizar o procedimento, utilizando equipamentos de produção de ozônio medicinal regulamentados pela ANVISA. Além disso, é obrigatório informar ao paciente que o procedimento é complementar.

Essa legislação representa um grande avanço para a saúde da população brasileira, permitindo uma fiscalização mais rigorosa e definindo os limites de atuação de cada profissional com base em critérios científicos. Antes da existência dessa lei, a Ozonioterapia estava sendo utilizada clandestinamente, sem os devidos cuidados científicos e de segurança.

A Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ), destaca que a Ozonioterapia é um procedimento complementar e multidisciplinar que não substitui as técnicas e tratamentos já estabelecidos no sistema de saúde. Agora, ela se torna uma nova opção terapêutica, promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

É importante ressaltar que a Ozonioterapia é um procedimento de baixo custo, o que pode impactar positivamente as políticas públicas de saúde voltadas para a população de baixa renda.

Atualmente, a Ozonioterapia já foi regulamentada por diversos conselhos profissionais, como o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO), o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM).

Afirmações de que o ozônio medicinal não possui evidência científica são infundadas. Existem mais de 4.460 artigos científicos disponíveis na biblioteca oficial do National Institutes of Health do governo norte-americano, o PubMed, comprovando a eficácia da Ozonioterapia.

A ABOZ, como entidade responsável pela disseminação da prática, ressalta que é contrária à indicação da Ozonioterapia para diversas patologias que ainda necessitam de estudos mais robustos para comprovação.

A alegação de que o ozônio medicinal é tóxico é considerada um alarmismo científico. É necessário conhecimento específico e experiência clínica para criticar sem fundamentos.

Considerações Finais

A ozonioterapia representa uma revolução na medicina, oferecendo uma abordagem inovadora e acessível para o tratamento de uma ampla variedade de condições médicas. No entanto, seu pleno potencial ainda aguarda uma aceitação mais ampla e uma regulamentação adequada. À medida que a comunidade médica e os legisladores continuam a explorar essa promissora técnica, é essencial que o foco permaneça na busca pelo bem-estar e saúde da população.

Por isso, é imperativo que a ozonioterapia seja considerada como uma opção válida e segura no arsenal terapêutico da medicina contemporânea. Com o apoio de profissionais comprometidos e uma legislação adequada, podemos vislumbrar um futuro em que a ozonioterapia se torne uma parte essencial do cuidado com a saúde no Brasil.

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