Mitos e Verdades sobre Ozonioterapia: Tudo o que Você Precisa Saber
Com o crescimento do interesse pela ozonioterapia, muitas informações circulam — nem sempre confiáveis. Para ajudar quem busca conhecimento seguro e embasado, separamos os principais mitos e verdades sobre essa técnica, explicando cada ponto de maneira simples e direta. Prepare-se para tirar suas dúvidas de uma vez por todas!
“Ozônio é perigoso para a saúde”
MITO e VERDADE
O ozônio pode sim ser tóxico quando inalado em grandes quantidades ou utilizado de forma incorreta. No entanto, em protocolos médicos realizados por profissionais capacitados, com dose e via de aplicação corretas, o ozônio se mostra extremamente seguro. O segredo está na técnica, não no agente.
“A ozonioterapia substitui o tratamento convencional”
MITO
A ozonioterapia é uma abordagem complementar e integrativa. Ela potencializa resultados, pode diminuir o uso de medicamentos ou acelerar a recuperação, mas não deve ser usada como substituta dos tratamentos indicados pelo médico. O melhor resultado vem da integração entre métodos.
“Qualquer pessoa pode fazer ozonioterapia”
MITO
Existem contraindicações importantes, como deficiência de G6PD, certas doenças autoimunes descompensadas, gravidez, infarto agudo e hipertiroidismo não controlado, entre outras situações específicas. A avaliação individual é fundamental antes de iniciar o tratamento.
“Ozônio é só para feridas ou estética”
MITO
Embora seja muito conhecido pelo sucesso em feridas crônicas e em protocolos estéticos, o ozônio possui múltiplas aplicações: apoio no controle de dores articulares, doenças inflamatórias crônicas, infecções resistentes, regulação imunológica e até auxílio no bem-estar geral.
“O tratamento é doloroso ou arriscado”
MITO
A maioria das aplicações é indolor ou causa apenas leve desconforto momentâneo, como pequena picada ou sensação de calor. Quando feito por profissionais habilitados e com equipamentos adequados, os riscos são mínimos e os efeitos colaterais, quando ocorrem, costumam ser leves e passageiros.
“Ozônio pode ser aplicado em casa, sem acompanhamento”
MITO
A automedicação, o uso de aparelhos caseiros, fórmulas improvisadas ou aplicações sem supervisão técnica são perigosos e podem causar acidentes graves. O ozônio só deve ser utilizado em ambiente controlado, por profissionais treinados e com equipamentos certificados.
“Não há comprovação científica do uso do ozônio”
MITO
Diversos estudos clínicos, revisões sistemáticas e experiências acumuladas em hospitais e clínicas ao redor do mundo comprovam a segurança e eficácia da ozonioterapia em múltiplas indicações. Ainda há desafios em ampliar pesquisas multicêntricas, mas o respaldo científico já existe, especialmente em países que investem em medicina integrativa.
“O ozônio pode provocar alergia”
MITO
O ozônio não é uma substância alergênica. Não existem relatos de alergia verdadeira ao gás, pois ele não provoca resposta imune como proteínas ou medicamentos tradicionais.
“A ozonioterapia tem efeito cumulativo no organismo”
MITO
O ozônio não se acumula nos tecidos. Após a aplicação, ele reage imediatamente com componentes do sangue ou dos fluidos e desaparece em minutos, dando origem a mensageiros bioquímicos transitórios. Por isso, não existe risco de toxicidade acumulativa quando os protocolos são seguidos.
“Ozônio é caro e inacessível”
DEPENDE
O custo do tratamento pode variar conforme a região, a indicação e o número de sessões. Mas, em geral, a ozonioterapia se mostra acessível, principalmente se comparada ao custo de tratamentos prolongados com medicamentos ou cirurgias.
“Os resultados são imediatos”
MITO
Algumas pessoas sentem melhora rápida, especialmente em dores ou inflamações agudas. Mas a maioria dos benefícios ocorre de forma progressiva, ao longo de sessões regulares, com efeito mais notável após algumas semanas.
“Só pode ser feito por médicos”
DEPENDE DA LEGISLAÇÃO
No Brasil, a ozonioterapia foi oficialmente reconhecida como prática integrativa e complementar no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Portaria nº 702, de 21 de março de 2018, do Ministério da Saúde, que incluiu a ozonioterapia no rol de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Além disso, em 2023, foi sancionada a Lei nº 14.648, de 4 de agosto de 2023, que autoriza a prática da ozonioterapia em todo o território nacional como procedimento de caráter complementar, devendo ser realizada exclusivamente por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional.
Assim, a lei brasileira permite que diferentes profissionais da saúde habilitados e registrados em seus respectivos conselhos (como médicos, dentistas, biomédicos, farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros) possam realizar a ozonioterapia, desde que respeitando as normas e o escopo de cada categoria.
Referências:
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Portaria MS nº 702/2018 (Ministério da Saúde)
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Lei Federal nº 14.648/2023 (Presidência da República)